terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Kaspersky: "estar 100% seguro na rede só se for desconectado"


O especialista em segurança na web e fundador de uma das maiores empresas de proteção ao usuário do planeta, Eugene Kaspersky, acredita que estar 100% seguro na rede acontece "somente se o usuário estiver desconectado". De acordo com ele, em entrevista ao Terra, os desafios de segurança continuam os mesmos para o futuro. O que precisa mudar é o modo como o usuário entende o fato de que, cada vez mais, os criminosos on-line têm mais poder na rede.

Hoje, pensar em cibercrimes em redes sociais é ultrapassado. Essa já é uma realidade para quem trabalha na área de proteção ao usuário. "Eles (os cibercriminosos) já usam as redes sociais para coletarem os dados e plantarem links maliciosos. Para eles, esse é um negócio lucrativo", disse o especialista, evidenciando que isso acontece principalmente porque a maior parte dos usuários está nas redes sociais. No Brasil, por exemplo, segundo a recente pesquisa TG.Net do Ibope Media, 79% dos usuários ativos brasileiros fazem parte de alguma rede social.

Kaspersky espera que os usuários consigam olhar para o futuro, entender as ameaças que estão por vir para, no presente, compreender a importância de se educar na web. Segundo o especialista, é preciso trazer a questão da segurança para a formação educacional das pessoa, de modo que a educação do uso da rede e a proteção possam se unir para garantir a integridade do usuário on-line.

"Eu temo que no futuro vejamos mais ataques a grandes empresas, bases militares e governos na procura por segredos. Ainda mais perigosos são os ataques em que as vítimas são sistemas industrias, de transporte e usinas de geração de energia", entre elas, as de energia nuclear, afirma o entrevistado. O Stuxnet, por exemplo, é um vírus que chamou a atenção do mundo cibernético em 2010 ao atacar uma usina nuclear no Irã.

O grande desafio para o futuro continua sendo garantir a segurança do usuário. O meio através do qual este objetivo será alcançado é que muda de acordo Eugene Kaspersky. Atualmente, procura-se trabalhar em conjunto com a polícia para identificar crimes que acontecem na rede. Mas independente disso, serve o conselho básico que não deve mudar nos próximos anos: é preciso ser cauteloso com a publicação de informações de qualquer natureza on-line. "Seja cuidadoso com os dados. Não forneça muitas informações principalmente nas redes sociais e não acreditem em ninguém", aconselhou o especialista. "Confiem somente em nós", brincou o entrevistado.

Fonte: Terra (http://tecnologia.terra.com.br)

2 comentários:

  1. Facebook e Orkut oferecem perigo?

    ResponderExcluir
  2. Olha Anita, atualmente pelo que se lê nos artigos especializados, as chamadas Redes Sociais são o principal alvo dos "piratas cibernéticos".
    Isso se deve, eu acho, ao seu crescimento e aumento no número de usuários. Vale redobrar os cuidados com links, convites, etc.
    Recomendo que use sempre um antivirus original para que seja diariamente atualizado...e leia tudo que puder sobre os ataques virtuais!

    ResponderExcluir